Socialização:
a criação do ser social
É a vida
em sociedade que efetivamente nos transforma em seres humanos. O convívio
social nos obriga a certos comportamentos e ideias que fazem com que sejamos
vistos e nos vejamos como seres humanos. Assim, a ideia de “humano” não é
meramente biológica, mas sim cultural.
Aquele
que consideramos ser humano nada mais
é do que um indivíduo que aprendeu a viver em sociedade. As ciências sociais
designam como socialização o processo que faz com que os homens se tornem seres
sociais, pois é através da socialização que aprendemos a viver em grupo.
No
processo de socialização um educa o outro a como se comportar. Nenhuma
sociedade poderia sobreviver muito tempo se os membros mais novos não fossem
socializados, pois para ocupar certas posições as pessoas devem adquirir certos
conhecimentos. Existem várias agências socializadoras numa sociedade, tais
como: família, escola, religião, grupo de amigos, meios de comunicação etc.
Podemos
dizer assim que as expressões socialização e educação têm
o mesmo significado. A socialização sempre envolve um processo educativo, e
todo processo educativo é um ato de socialização. O indivíduo em sociedade
representa vários papéis sociais, assim como aprende com os fenômenos
educacionais aos quais está inserido. A educação é como um grande agente de
socialização que acaba por unificar os indivíduos.
A
educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se
encontraram ainda preparadas para a vida social; tem por objetivo suscitar e
desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e
morais, reclamados pela sociedade política no seu conjunto, e pelo meio
especial a que a criança, particularmente, se destina. (DURKHEIM, Educação e
sociologia, São Paulo, Melhoramentos, 1965)
Referência bibliográfica: FERREIRA, Roberto
Martins. Sociologia da
Educação. São Paulo: Moderna, 1994.
Acadêmicos: Júnior de Arruda e Bianca Ely