Em nossa herança escolar, é comum descrevermos a sociedade como sendo um “sistema social”, caracterizada por diferentes fatores, obtendo assim uma diferenciação em suas estruturas.
Essa ideia é defendida pela teoria funcionalista-positivista onde a sociedade é algo organizado, estruturado, onde as funções são interligadas e completas, absolutas e fechadas no aqui e agora.
O uso desse termo implicaria em uma sociedade perfeita, onde o conjunto de todos os seus elementos, mesmo sendo diferentes entre si, tivessem sua função específica, se entrelaçando de uma forma perfeita e “natural”.
Outro termo muito atual utilizado para conceituar sociedade é o Modo de Produção. Neste perfil a sociedade se estrutura de modo básico a partir da sobrevivência, ou seja, a sua produção. Preocupa-se em entender como se estruturam as sociedades, investigando questões básicas como o nascimento, crescimento e desenvolvimento, e também a maneira de como é obtido o alimento, a bebida, vestimentas, moradia e a sobrevivência em si.
O primeiro ponto de foco é a importância da alimentação como sendo um meio de sobrevivência, onde a partir dessa necessidade suprida, se torna possível desenvolver outras aptidões necessárias ao individuo.
Um segundo ponto importante para este conceito é o pressuposto do fator histórico, onde é necessário, buscar entender a essência e profundidade, através da análise de como a sociedade conseguiu garantir sua sobrevivência, através de um foco mais científico.
Encontra-se visível a todos a existência de pessoas que lutam para manter tudo como está, de modo normal e “natural”, sem mudanças ou questionamentos, defendendo a teoria funcionalista-positivista, ao mesmo tempo defendem a ideologia que se torna interessante, onde ao final de tudo, sempre haverá um final feliz ao grupo em questão.
Já aos que buscam a mudança, defendem a ideia que tudo pode mudar e que é possível haver transformações contínuas, sendo que tudo tem um por quê e uma causa para existir dentro de sua real origem. Os sistemas sociais (modo de produção) são criações humanas, fenômenos culturais e não simplesmente naturais.
Guareschi cita Peter Berger, autor que afirma que o individuo que apresenta a capacidade de mudar de um mundo ao qual permanece mergulhado para outro possível de “êxtase”.
Deste modo, o individuo percebe que pode intervir na sociedade transformando algo determinado em uma possibilidade por ele escolhida. Guareschi cita Paulo Freire e seus Círculos Culturais, aonde a diferença entre natureza e cultura vinha à tona, obtendo assim o êxtase de que a sociedade é uma forma possível de se viver, onde a mudança é suscetível.
A TEORIA DO MODO DE PRODUÇÃO
A análise do modo de produção é realizada através de um instrumento, sendo este um meio de poder analisar a sociedade, percebendo as diferenças que existem entre os diferentes modos de se existir entre as sociedades, como o socialista, capitalista ou comunista por exemplo.
Este instrumento se baseia na relação, sendo necessária uma mentalidade revitalizadora que perceba de modo imediato à relação que as coisas têm através da análise da sociedade.
Nenhuma sociedade sobrevive sem sua produção, ou seja, sem comer, deste modo sua relação de produção é necessária, mas nem sempre suficiente. Concluímos que é preciso ter consciência de nossa realidade, bem como investigar as ideologias presentes no cotidiano de nossas vidas, pois a sociedade é composta por um fenômeno cultural, onde suas origens e consequências são primordiais para seu entendimento.
Referência Bibliográfica:
GUARESCHI, Pedrinho A. Sociologia crítica: alternativas de mudança. 42 ed. Porto Alegre: Mundo Jovem, 1997. 124 p.
Acadêmicas:
Daiane Dalbosco; Mariana Cristina Stefenon; Rudinéia Dornelles Ribeiro; Suziele Monteiro Perini
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