quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

UM GAROTO CHAMADO RORBETO (Gabriel O Pensador)




Juciléia Krasnievicz, acadêmica do curso de Pedagogia do Centro de Ensino Superior Cenecista de Farroupilha (CESF)


O seguinte trabalho trata-se de uma resenha crítica do livro “Um Garoto Chamado Rorbeto”, Gabriel O Pensador, um livro de literatura infanto-juvenil, eleito o melhor livro infantil em 2006.

O livro conta a história de um garoto que por um pequeno detalhe era diferenciado dos demais. A obra, apesar de ser muito interessante, não é muito extensa, em poucas páginas aborda uma leitura muito instigante e agradável.

O livro nos trás a história de Rorbeto, um menino de família simples, cujo nome foi registrado errado por conta de seu pai ser analfabeto e não ter conseguido escrever seu nome corretamente, porém, isso não era problema para Rorbeto, que vivia muito feliz na vizinhança onde morava. Rorbeto, certo dia, resolveu contar seus dedos das mãos e ficou surpreso ao constatar que uma de suas mãos tinha seis dedos, no inicio Rorbeto ficou muito chateado ao saber que tinha uma mão “defeituosa”, porém, muito feliz ao constatar que uma de suas mãos era perfeita.

Depois de descobrir que tinha seis dedos em uma das mãos, Rorbeto ficou com muito medo e vergonha dos colegas da escola e resolveu ir com a mão dentro de uma sacola para tentar esconder o problema, porém, na escola Rorbeto se surpreendeu ao ver que, com o incentivo da professora, fez em uma folha a letra mais bonita da classe e ficou aliviado ao ver que os colegas acharam ate legal e divertido que uma de suas mãos tivesse um dedo sobrando.

Rorbeto não deixou de fazer nada do que fazia antes por conta da sua mão diferente, muito pelo contrário, participou de todas as atividades que os colegas participavam e no final da história ate ensinou o seu pai, que antes era analfabeto, a ler e a escrever.

Nesta obra, Gabriel fez várias referências à discriminação do pai analfabeto, do garoto por ser diferente tendo seis dedos em uma das mãos, da pobreza, entre outras situações,  estimulando e criando um ambiente propício onde o aluno aprende a ler, a escrever e até mesmo a lidar com as diferenças, através da postura do educador que sabe lidar com essas circunstâncias, deixando de ser passivo, para através das diferenças construir um ensino ativo, e isso é algo que deve ser buscado constantemente nas escolas. Segundo Gabriel: “decorar não é legal, pois os alunos esquecem e não compreendem o sentido real do aprender”.

Sei que não depende apenas do professor, mas é imprescindível que estes se atualizem, mesmo que de forma indireta, realizando leituras diversificadas, ouvindo as letras das músicas, assistindo filmes interessantes e vivenciando a troca de experiência e a riqueza das conversas com os alunos em sala de aula, pois é algo de extremo valor.

GABRIEL CONTINO, autor do livro, nasceu em 1974, no Rio de Janeiro. Escreve desde pequeno, principalmente letras de música. Aos dezoito anos, já como Gabriel o Pensador, gravou sua primeira canção, "Tô feliz (matei o presidente)", lançada de forma independente e que chegou a ser censurada às vésperas do impeachment, em setembro de 1992. Começou a estudar Comunicação, mas optou definitivamente pela música. De 1993 a 2005, gravou sete álbuns e um DVD. Publicou o livro de poemas e crônicas Diário Noturno (2001), lançado no Brasil e em Portugal. Mantém o site www.gabrielopensador.com.br. Vive no Rio de Janeiro, com a mulher e dois filhos.


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