quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Deficiência, inclusão (de todo tipo) e educação, eu aceito!


Quando é falado em inclusão, a primeira coisa que vem a cabeça é “inclusão de pessoas com deficiência”, isso para o restante do mundo, mas não para mim. Desde cedo aprendi que a palavra inclusão significa “todos”, ou seja, incluir na sociedade todas as pessoas, indiferente de raça, cor, opção sexual, classe social ou com deficiências. Para mim todos somos iguais, seres humanos com sentimentos e limitações, o que nos difere é a essência que carregamos, no mais é tudo igual, o que corre nas minhas veias é o mesmo que corre nas veias de todo mundo.

“Coitadinhos dos deficientes”, essa é a expressão que mais ouvimos, talvez as pessoas não consigam enxergar o tamanho do potencial desses indivíduos, porque nascem com uma deficiência e são deixados de lado e tratados como coitados. Muitas famílias sentem vergonha disso e acabam por não procurar ajuda e um atendimento adequado para seus filhos sem saber que esta ajuda poderá facilitar o desenvolvimento de muitas crianças.

Outro ponto que questiono dentro do tema “Inclusão” é o fato de ser falado em Necessidades Educativas Especiais somente para as pessoas com deficiências, sei que muitas delas possuem dificuldades, mas como dito pela autora Rosa Blanco, será que são apenas esses alunos que apresentam essas dificuldades para que esta expressão seja direcionada a eles como muitos fazem?

Antigamente crianças nascidas com alguma deficiência ou má formação eram excluídas da sociedade, mas pelo que temos visto as coisas não mudaram tanto assim, ainda há uma grande resistência em prol da mudança.

Outro ponto que me chama atenção diz respeito à inclusão no mercado de trabalho. Na minha opinião, eu, Pâmela, me sentiria muito mal de ser incluída numa empresa por causa de uma cota, podem até me dizer que se não for assim, os deficientes não teriam a chance de trabalhar, mas ninguém pensa na capacidade que eles têm? Isso para mim chama-se obrigação e não aceitação do diferente, da mudança.

Não dá mais para dizer que a sociedade não está preparada, as pessoas com deficiência estão aí e elas precisam de uma chance, chance para mostrarem suas capacidades, chance para aprenderem e mais ainda, para ensinarem, pois elas têm muito para ensinar. Agradeço a Deus todos os dias por ter me feito chegar a Pedagogia, e mais ainda por ter colocado no meu coração a Educação Inclusiva, porque se hoje estou aqui é por essas pessoas “Especiais”, por quem vou lutar e ajudar, e não importa o que digam, eu sei qual é o caminho certo que devo seguir.

Pâmela Pina dos Santos – Acadêmica do Curso de Pedagogia do CESF

A IMPORTÂNCIA DO GESTOR PÚBLICO NA INCLUSÃO ESCOLAR


Cada vez mais crianças da Educação Especial são matriculadas em escolas públicas e não só precisam como têm o direito de serem incluídas.  Nesta perspectiva, cabe ao gestor exercer o papel de cumpridor das leis e direitos fundamentais dos alunos, respeitando e valorizando cada necessidade e particularidade. Segundo Meire Cavalcante “É questão crucial para a promoção da educação inclusiva: a legislação e o marco político sobre o tema. Portanto, tem de estudar o marco legal brasileiro que determina a educação como um direito fundamental.” Assim sendo, o atendimento educacional especializado também é um direito inerente de crianças com deficiência, todavia, sabemos que o mesmo não ocorre na maioria das escolas brasileiras. É preciso que os agentes envolvidos se comprometam com a educação inclusiva, propiciando ambientes e infra-estrutura adequadas para as necessidades dos alunos, como também formação especializada para os educadores na área de atuação. Uma escola acolhedora, organizada e preparada para receber crianças especiais (regida de acordo com um Projeto Político Pedagógico bem elaborado) estará cumprindo seu papel de espaço de interação e socialização de todos. De acordo com a própria política do nosso país, todos são iguais perante a lei, então já esta mais do que na hora de nós, educadores e futuros educadores, fazermos com que a educação realmente esteja ao alcance de todos.

“Inclusão tem a ver com humanidade. É uma grande oportunidade de rever as práticas pedagógicas para que elas não discriminem e para que a escola faça sentido de verdade na vida de quem nela trabalha e estuda.” Meire Cavalcante

 

Sites consultados:



 

Júnior de Arruda, acadêmico do curso de Pedagogia do CESF.

Disciplina de Educação Inclusiva – Prof.ª Laura Cristina Nardi Callegari.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

MEMORIAL DE SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

“A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.” (John Dewey)

É interessante a capacidade cerebral de registrar informações. Geralmente, para que sejam de fato significativas, as lembranças precisam estar associadas às emoções. Quando me deparo refletindo a respeito da disciplina de Sociologia da Educação, muito me alegra recordar dos trabalhos realizados no decorrer do semestre e compreender que de fato aprendi significativamente. Agora sei que é a vida em sociedade que efetivamente nos transforma em seres humanos. O convívio social nos obriga a certos comportamentos e ideias que fazem com que sejamos vistos e nos vejam. Aquele indivíduo que consideramos “humano”, nada mais é do que alguém que aprendeu a viver em sociedade, seguindo as normas, dentro de determinado contexto ou paradigma social. Uma frase que li no livro Sociologia da Educação, de Roberto Martins Ferreira, me chamou muito a atenção: “As ciências sociais designam como socialização o processo que faz com que os homens se tornem seres sociais”. Partindo deste pressuposto, a ideia que temos de ser humano não é meramente biológica, mas sim cultural. Compreendi também que cada um de nós desempenha um papel (ou papéis) na sociedade, e que este está intimamente relacionado ao comportamento humano. Saliento ainda a importância da educação como processo de transformação social, onde a escola pode atuar tanto a favor da mudança, como transformar-se em um eficaz instrumento de conservação da situação vigente. Enfim, fico muito feliz ao pensar que eu, futuro profissional da educação, por intermédio de todo o conhecimento que obtive e obtenho, poderei provocar mudanças no que diz respeito à prática educativa.
Muito obrigado professor Cattani! São professores assim como você que nos fazem acreditar que educar para transformar é possível!
Agradecido, Júnior de Arruda
Dez/2012

INCLUSÃO: FAÇA ACONTECER

Incluir é, antes de tudo, compreender que existem pessoas distintas. Isso mesmo, seja por suas características físicas, religiosas ou até mesmo sexuais. Frequentemente falamos e nos interrogamos muito sobre a inclusão escolar. Jornais, revistas e programas de televisão acabam dando ênfase a este grande paradigma. Sendo assim, movimentos e protestos crescem de maneira desenfreada, para defender e efetivar a inserção destes alunos no ensino regular, acreditando que a mesma é inefável tanto para o professor quanto para o aluno.
Partindo desta premissa, acabo admirando plenamente esses cidadãos que lutam pela igualdade. De acordo com Meire Cavalcante "Apesar de todo e qualquer movimento de resistência, a inclusão está consolidada e é um processo constitucional. Podem até atentar contra, mas este é definitivamente um movimento sem volta". Em minha concepção, acredito também que a inclusão é um caminho sem volta, mas esse caminho por certo tempo possuirá pedras e espinhos. Cabe a nós lutar com toda a garra e coragem por esta causa tão linda e transformar as pedras em uma muralha para a inclusão jamais ser destruída. E os espinhos em flores, para que as mesmas tragam paz, serenidade e força para lutar e transformar a vida de quem precisa.
 A inclusão não é uma tarefa apenas de pais e educadores, mas sim de todos os cidadãos que vivem e convivem em um mundo onde a nossa maior função é respeitar as diversidades e peculiaridades de cada um. Se cada um for a favor de um mesmo ideal, tudo se torna mais acessível. A partir do momento que todos lutarem pela inclusão, as pessoas mudarão, o mundo mudará e o futuro trará grandes resultados positivos e duradouros.
“Amar é descobrir que a deficiência do próximo, faz parte do perfeito mosaico humano”.

Manuela Onzi
Acadêmica do Curso de Pedagogia do CESF