Quando
é falado em inclusão, a primeira coisa que vem a cabeça é “inclusão de pessoas
com deficiência”, isso para o restante do mundo, mas não para mim. Desde cedo
aprendi que a palavra inclusão significa “todos”, ou seja, incluir na sociedade
todas as pessoas, indiferente de raça, cor, opção sexual, classe social ou com
deficiências. Para mim todos somos iguais, seres humanos com sentimentos e
limitações, o que nos difere é a essência que carregamos, no mais é tudo igual,
o que corre nas minhas veias é o mesmo que corre nas veias de todo mundo.
“Coitadinhos
dos deficientes”, essa é a expressão que mais ouvimos, talvez as pessoas não
consigam enxergar o tamanho do potencial desses indivíduos, porque nascem com
uma deficiência e são deixados de lado e tratados como coitados. Muitas
famílias sentem vergonha disso e acabam por não procurar ajuda e um atendimento
adequado para seus filhos sem saber que esta ajuda poderá facilitar o
desenvolvimento de muitas crianças.
Outro
ponto que questiono dentro do tema “Inclusão” é o fato de ser falado em
Necessidades Educativas Especiais somente para as pessoas com deficiências, sei
que muitas delas possuem dificuldades, mas como dito pela autora Rosa Blanco,
será que são apenas esses alunos que apresentam essas dificuldades para que
esta expressão seja direcionada a eles como muitos fazem?
Antigamente
crianças nascidas com alguma deficiência ou má formação eram excluídas da
sociedade, mas pelo que temos visto as coisas não mudaram tanto assim, ainda há
uma grande resistência em prol da mudança.
Outro
ponto que me chama atenção diz respeito à inclusão no mercado de trabalho. Na
minha opinião, eu, Pâmela, me sentiria muito mal de ser incluída numa empresa
por causa de uma cota, podem até me dizer que se não for assim, os deficientes não
teriam a chance de trabalhar, mas ninguém pensa na capacidade que eles têm?
Isso para mim chama-se obrigação e não aceitação do diferente, da mudança.
Não
dá mais para dizer que a sociedade não está preparada, as pessoas com
deficiência estão aí e elas precisam de uma chance, chance para mostrarem suas
capacidades, chance para aprenderem e mais ainda, para ensinarem, pois elas têm
muito para ensinar. Agradeço a Deus todos os dias por ter me feito chegar a Pedagogia,
e mais ainda por ter colocado no meu coração a Educação Inclusiva, porque se
hoje estou aqui é por essas pessoas “Especiais”, por quem vou lutar e ajudar, e
não importa o que digam, eu sei qual é o caminho certo que devo seguir.
Pâmela Pina dos Santos – Acadêmica do
Curso de Pedagogia do CESF
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